Contribuir com os meus impostos para financiar o Sistema Nacional de Saúde, Sim

Dizem os outros: "Contribuir com os meus impostos para financiar clínicas de aborto, não obrigada."

Digo eu. Contribuir com os meus impostos para financiar o Sistema Nacional de Saúde, Sim.

E se eu desse a minha voz a um grupo de vozes significativo e demonstrasse que os nossos impostos poderiam ser direccionados para tratar pessoas com doenças que não foram provocadas deliberadamente por elas? De entre os que nada fazem para ter doenças, há os outros, os que embora informados, se desleixam.

Então proporia que os meus impostos não seriam direccionados para: - Tratar doentes por obesidade, por alcoolismo e por doenças hepáticas alcoólicas, por ingestão em demasia de proteínas, por diabetes, por cancro do pulmão (fumar tabaco), por poli-traumatisados dada a incivilidade nas estradas (os causadores acidentados por nível alto de alcoolémia e por condução perigosa), por bulimia e por anorexia, por psicoses tóxicas (consumo de drogas) ... até porque eu não tenho filhos, portanto as maternidades não deveriam ser financiadas pelo Serviço Nacional de Saúde. Dentro do mesmo contexto, poderia dizê-lo. Ora bolas!

O que escrevi em http://guidinhapinto-transmitir.blogspot.com/2005/11/uma-direco-e-no-solues.html , por conter actualizado o sentido que dei às palavras nessa altura, coloco-o aqui e continuo a pensar votar sim, à despenalização do aborto.

A mulher é a única dona de seu corpo. Se não se sente Mãe, como pode ser penalizada? Mas se a dúvida surge - ser mãe ou não - ela deve ter o direito de decidir e de não ser penalizada por isso. O conflito que está a viver consigo mesma, só ela conhece. Não ficou de esperanças sozinha, é certo, mas no final, passar 9 meses a originar um ser, deve ser um acto de amor. E se não lhe pode dispensar esse amor, que possa escolher, em consciência, com toda a ajuda possível, para não deixar sequelas, nem arrependimentos.

Só o Sim dá essa hipótese.

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