transmitir: Dia de chuva

Foto e montagem de GuidinhaPinto

Passei a tarde na cozinha a fazer um doce conventual: joaninhos de cascais. Ficou muito bom. Está postado no cantinho-da-engorda. O dia foi de vento, de chuva ... houve até um mini-tornado para os lados de Santarém. Coitadas das pessoas, sem seguros para cobrir os prejuízos, viram-se para o pai-estado-e-dinheiros-das-europas. As seguradoras parece que se recusam a fazer apólices a armazéns de madeiras ... por causa dos incêndios ... uma trapalhada. Assim não vamos a lado nenhum. Vou ouvir melhor logo à noite.

Visitei e mantenho registo fotográfico à minha mais recente aquisição vegetal - uma Calceolária. Única, só, na prateleira de um supermercado, quando a olhei pediu-me para vir comigo. Eu fiz-lhe a vontade. Estava tão infeliz! Tenho tratado dela e ela tem-me agradecido, abrindo todos os dias novos botões para mim.

Vida simples, a minha. Chove, venta, vai tudo pelos ares, a mulher que mandou matar o marido vai dentro vinte e tal anos ... e eu faço um doce, trato de plantas, brinco com a minha Bi, venho para aqui escrever coisas. !Ai, ai!

Os anos ensinam muitas coisas que os dias desconhecem.

Leio, ouço, aprendo, divirto-me lendo e ouvindo coisinhas - em actualização

de Alexandre Tiedtke Quintanilha, o saber
de Almada Negreiros, os poemas
de António Gedeão, os poemas
de Caetano Veloso, Terra e Leãozinho
de Camille Saint-Saens, Carnival of the Animals: Aquarium; Fossils; The Swan
de Carl Sagan, a ciência e o humanismo
de Chico Buarque da Hollanda, os olhos, as canções e os poemas
de Chopin, os noturnos
de Clara Pinto Correia, as conversas sobre a vida e os livros
de Cole Porter, a música
de Debussy, os noturnos (clair de lune)
de Delibes, Flower Duet
de Dominique Lapierre, City of Joy
de Dvorák, Rusalka's song to the moon
de Edvard Grieg, noturno, "morning", "Ase's death", "Solveig's song", "In the hall of the Mountain king", piano concerto
de Ennio Morricone, as músicas de filmes
de George Gershwin, a música
de Gustav Mahler, adagietto
de Hermann Hesse, Siddhartha
de Joaquim Letria, as crónicas
de John Barry, todas as músicas de todos os filmes
de Jorge Palma, o ser, a voz, as palavras, o piano, a guitarra
de Jostein Gaarder, as histórias
de José Eduardo Agualusa, as histórias
de Katie Melua, as palavras, a voz, a melodia
de Louis Armstrong, what a wonderful world
de Luciano Pavarotti, a VOZ
de Manuel Sobrinho-Simões, o saber
de Mendelssohn, Song without Words
de Norah Jones, a voz e o estilo
de Rachmaninov, piano concerto No.2
de Samuel Beckett, os personagens Molloy e Murphy
de Simone, a voz
de Susanna Tamaro, as histórias
de Vinicius de Moraes, as palavras e o violão

1 comentário:

Margarida disse...: A flor está lindíssima, fez-me lembrar a minha roseira.
Que bom saber cuidar de outros seres vivos!Vejetais é claro, mas vivos.
Gostei dos textos todos, admiro a tua criatividade.
Está-me a apetecer fazer um bolo, para o meu filho e para a minha irmã que vem cá hoje. Vou fazer
beijinhos da guida; sexta-feira, 11 abril, 2008

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