É assim que eu nos vejo

O problema de Portugal, somos nós mesmos. Os Portugueses.
Que pensar de um povo que sempre dá um jeitinho, que valoriza o esperto e não o sábio ou o justo?
Que aplaude o vencedor dum "Big Brother", sabe o nome dos jogadores de bola e os respectivos clubes, mas desconhece o nome ou a obra de um escritor português.
Que respeito merece um povo que se "vangloriza" de ter reeleito uma Fátima Felgueiras, um Isaltino Morais, um Valentim Loureiro?
Que admira o pobre que fica rico da noite para o dia, que retém, omite ou desencaminha tudo o que pode?
Que não sabe o que é pontualidade, que atira lixo para as ruas, que escarra para o chão, urina pelos cantos e que não apanha os dejectos do seu animal de estimação e depois se queixa que as ruas estão um esterco?
Que pensar de um povo que finge que dorme quando um idoso ou um deficiente entra no autocarro?
De um povo endividado que continua a endividar-se mais e a gastar o que não pode e nem tem?
Nós é que somos os causadores das nossas desditas. Não são aqueles que estão lá em cima, no Poder, porque nós votámos neles. Eles são da mesma massa do sangue e acumulam poderes atribuídos, chorudos ordenados e gordas pensões. E fazem o que querem porque nós não nos importamos. É assim que eu nos vejo.

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