O ano passado fiz das arrumações e acumulações de "tralhas", as escolhas do que iria guardar e do que iria dispensar para a casinha nova. Há uma assoalhada para as tralhas da família, lá na serra. Não é um sótão é uma casa de arrumos ao pé da casa da lenha, das batatas e das cebolas...Dei conta da inúmera acumulação de objectos - muitas coisas, com muitos anos. Chamou-me a atenção uma caixa, quadrada, para aí com um palmo de lado, embrulhada em papel tipo pardo e atada com 2 elásticos. Tinha pó. Não a reconheci como minha. Desembrulhei-a e abri-a. Quando a abri, deu-me a sensação de estar a tocar em objectos com histórias. Era de meu Pai. O senhor meu Pai tinha guardado uma caixa de madeira, recheada de pequenas estimações. Um pacotinho de sementes de uma planta que não identifiquei. O seu isqueiro Zippo ... um menino Jesus de presépio retocado por ele... o seu apito de Mestre marinheiro... Entre outros.
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Eu guardei esta caixa, na casinha. Hei-de sondá-la melhor. Mas trouxe para Lisboa uma dessas estimações, tão bem guardada. Uma foto de 2,5x3 cm, que ele tirou a meu Irmão, nos anos 60. Ontem fiz uma tratamento a esse pequeno fragmento de papel fotográfico.
O que saíu foi uma belíssima foto de um puto com a sua fisga, na caça aos pardais.Deixo-a aqui. Em sua memória, senhor meu Pai.
1 comentário:
Bela memória.
bjs da guida
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