Já cá estamos

Saímos às 08:35h da manhã de Sábado. Chovia um pouco e estava frio. O Tejo, à esquerda de mim, meio azul, meio verde, meio cinzento, foi cativado. O Sol estava nascido, mas encoberto. Muitos quilometros para percorrer. A nossa Bi, atrás - comigo as crianças vão atrás :) enroscada na sua cama, ía descontraída. Com o rádio ligado, ouvimos música (ai o último da Ala dos Namorados, lindo, tenho de comprar ). Não vimos acidentes.

A estrada estava assim. Sem carros. Com nevoeiro. Direitinhos à Serra. Nem parámos.

Quando chegámos à "Coimbra-Castelo Branco", esperei chegarmos àquele sítio certo que me permite olhar e ver. Lá estavam os Penedos, com SOL. Máquina em riste: Disparei.

Foi bom termos chegado sem aflições. Inspirar aquele ar gelado, devagarinho, lavou o cérebro; Olhar para aqueles Penedos com céu-azul por cima - uma cortesia de Pedro. Eu tenho por costume, antes de uma viagem, falar ao Pedro - S. Pedro ;) para lhe dizer que preciso que ele me conceda umas horitas de Sol. Por vezes, ele ouve-me e concede-me o pedido. Nesta chegada, agradeci.
Durante os 4 dias tivemos de tudo em termos de meteorologia: Céu azul e nublado, chuva, aguaceiros, sol a brilhar e encoberto, mas houve uma constante: o frio. Arre! Frio mesmo!
Dentro de casa, fogão a lenha sempre aceso, estivemos muito bem. E convivemos. Jantar na casa da prima Palmira com a família, Afonso, Nuno e Ana; saída até Góis, com Mateus como "pendura", almoço numa nova tasca na serra - A caçoila; Visita de meu tio Manel e prima Elvira, a verem a casinha pela primeira vez :).
O tempo é que foi pouquinho mas bem passado. Passou presto.
Depressa chegou 3ª de manhã. Hora de voltar. Arrumar a trouxa, carregar o carro. Despedir da casinha - como apetecia ficar mais uns dias :( ... Grelinhos e broa para trazer, oferta das primas Laura, Palmira, Lídia e Aurora. Bem hajam, por não ficarem a "gozar" as reformas mas continuarem com a tradição de fazer a broa em casa. É. Fomos e viemos sem uma amolgadela. A não ser no porta-moedas. As portagens estão caríssimas.
E toda esta estória escrita para deixar o essencial. Deixei escrito sobre a minha sensação de fazer viagens pelas terras de Portugal - idêntica à de outros a irem para uma guerra. Pois disse. E não é verdade? Hoje, consultei um dos muitos locais de notícias. Fui a: http://www.autohoje.com/noticias.aspx?ct=89b9f35b e estava escrito:
Menos 152. Balanço Operação Carnaval: BT regista 1.339 acidentes
Nos cinco dias da operação ... /A Operação Carnaval, acção de fiscalização levada a cabo pela Brigada de Trânsito da GNR, terminou pelas 24 horas de terça-feira com um saldo de 10 mortos, 38 feridos graves e 362 feridos ligeiros... / a BT passou ainda 4.842 autos, sendo que 2.282 dizem respeito a excesso de velocidade, 214 a excesso de álcool, 293 a não utilização do cinto de segurança e 49 a falta de licença de condução.
É escolher meus senhores. Aqui, nesta notícia, há de tudo. Exactamente como na descrição que fiz da metereologia para estes dias lá na serra. Só que nesta notícia, a constante é a morte: mortos e feridos.

Então? Não é uma grande aventura ir e vir sem um arranhão?