
Em dias quentes de Verão, quando não tinhamos carros e íamos para a "terra" passar as férias, frequentemente meus Pais íam até à barroca. Este local, ainda existe. É o que se vê, nestas fotos. Uma ponte com mais de 100 anos a atravessá-la, arranjada há poucos, une as duas margens separadas por um regato de água com nascente perto do Vale Torto. Junto à ponte, a juzante, havia um moínho, penso que comunitário, que à custa da força da água movia duas mós que trituravam os grãos do milho. A pouco e pouco, ao longo dos anos, deixou de servir. O local foi sendo invadido e coberto pela vegetação autoctone.
Esteve muito calor, de novo, há uns dias atrás. Pedi a Marido: - Vamos até à barroca? E fomos, de carro até próximo - o calor é demasiado para ir a pé - depois descemos por um carreiro coberto por silvas, fetos, tojos até chegarmos à água. Ai! Ui! Mas eu sou para o teimoso e ainda não perdi o jeito de "cabrita". Paro, olho, recordo. Tiro os sapatos. Entro devagar, que aquelas pedras magoam os pés. A água, gelada, arrepia-me e refresca-me. Depois é arranjar um calhau que me sirva de acento, no sítio onde a altura da água é maior, sentar-me e chapinhar. As pernas ficam geladas. A minha Bianca não vai nisso. Molhou só uma patinha e implorou acento. Na minha toalha, pois então. Mais um cantinho no meu Sítio. Os sons da água a correr e dos ralos. Já quase não se vêem alfaiates. Marido partiu à descoberta. Eu fiquei um pouco mais "de molho" neste Paraíso. Quando regressámos a casa, já estava mais fresquinha.
1 comentário:
Um sítio com memórias num dia de verão quente...
Estás tão bonita, Guidinha!
Bjs
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