Sobre a Internet ser uma janela aberta sobre o mundo virtual, ou antes, sobre o mundo-global-virtual e um perigo para os jovens, é minha convicção que:
1º TEM DE EXISTIR DA PARTE DOS PAIS E/OU EDUCADORES ACOMPANHAMENTO, CONVERSA FRANCA E BOM SENSO.
Não se deve nem pode deixar um jovem a sós consigo mesmo e um computador dentro de um recinto com a porta fechada. Numa FAMÍLIA não deve existir democracia. Os Pais mandam, os pequenos obedecem. Não interessa proibir (o fruto proibido é o mais apetecido). Há que estar presente, ser disponível para conversar e incutir, desde cedo, a ideia que de que há o bem e há o mal. São os conceitos e alguns preconceitos de cada um dos adultos que vai ser transmitido. Serão o que forem, mais abertos ou mais conservadores. Mas permitir que os meninos e os jovens tenham acesso à Internet, sem ser num local da casa onde os familiares possam permanecer, girar ou passar perto, isso não.
2º LEVAR EM CONSIDERAÇÃO A FALTA DE FORMAÇÃO CÍVICA DAS PESSOAS.
Sabemos como somos. Por muito que pensemos saber e ser e estar, há sempre condutas que podem melhorar. E há tanto para transmitir. Aqui, não é só a falta de estudos da população. Existem programas para os adultos voltarem a estudar - novas oportunidades - é tudo uma questão de moda e de incentivos. Há muitos anos que não assistíamos a tanta falta de civismo por parte dos adultos e haviam menos licenciados. Fora a rebeldia presente que faz parte do crescer e do tomar de posição sobre a vida, agora há "outras coisas", mais prejudiciais à sociedade. Há Pais/Educadores que deveriam frequentar cursos que os habilitassem a sê-lo. Se frequentam cursos para aprender a mudar fraldas e a dar banhinho, porque não um curso de civilidade? Pois! Mas ... em que Universidade? De qualquer modo, os Pais/Educadores têm de ser responsabilizados pelos actos menos civilizados que os filhos praticam.
3º TODA A GENTE APRENDE TUDO SE LHE DEDICAR O TEMPO SUFICIENTE
Também é certo que o dia não tem mais que 24 horas. 8horas são as necessárias para dormir/descansar. Sobram poucas para tudo o que um jovem quer fazer. Ele vai dedicar o que achar suficiente aos estudos mas, por exemplo à Internet, ele vai dispensar o tempo restante. Deixemo-nos de ilusões. A Internet vicia os jovens (e não só). E se o jovem passar mais tempo a conversar na Net do que a conversar com gente, a ler um livro, a estudar, já para não falar no telemóvel que vai tocando nos intervalos, sem controlo, sem disciplina, depois não se queixem. Aprende-se o que se quiser. Basta haver opções, disponibilidade e acesso.
4º UTILIZAR NUMA FORMA PERVERSA O QUE SE APRENDE
Quantos laboratórios de Química não foram pelos ares ao longo dos anos por causa de experiências feitas pelos estudantes? Fabricar explosivos através da Net? Claro, se houver intervenientes/interessados que se proponham fazê-lo, tiverem o tempo necessário e suficiente, sem controlo algum dos Pais/Educadores, conseguem. Não há legislação que proíba a venda dos respectivos "ingredientes" a menores! E se há não se aplica! Claro que às vezes não são as casas onde habitam que vão pelos ares. É o sítio onde vão experimenta-los. E as armas? E a pornografia? Eu não acho nada bem que um menino de 9 anos, caso que conheço, tenha acesso ao Messenger com altifalante e com Web-Câmara!!! Eu, que sou adulta e "cota" não quero uma web-câmara "apensa" ao monitor! Big Brother cá em casa? Era o que faltava. Mas crianças, têm! Antes de pedirem já os Pais se propõem oferecer... Acham tão "giruh" mostrar as suas criancinhas na Net ... De quem é a responsabilidade?
Nota: Se Oppenheimer, um dos "pais" da bomba atómica, não tivesse manifestado "restrições morais" ao desenvolvimento das pesquisas da bomba de hidrogénio, o presidente Dwight Eisenhower, em 13 de Abril de 1954, não determinaria que Robert Oppenheimer fosse excluído do programa nuclear dos Estados Unidos. Oppenheimer ajudou a criar um monstro, mas quando se apercebeu, já era tarde. O Patrão aproveitou a criação e usou-a. Fez bem? Fez mal? Os políticos têm as respostas.
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