
Dezembro de 1 a 8, do ano da graça de 2006. Na Serra. Durante algumas poucas horas em que o Sol derrama os seus raios pela encosta do nosso sítio, é de aproveitá-los. São raios quentinhos, brilhantes. Duram até antes do lanche. Depressa passam para lá do Penedo. E o frio instala-se, fininho, cortante, entrando por todos os orifícios da roupa e a descoberto no nosso corpo. E aí vamos para casa. A partir da hora do lanche já é pouco provável sairmos para a rua. Começam as chaminés a fumegar, a neblina a cair sobre as verdíssimas ervas e aquele cheirinho da madeira a crepitar nos fogões. Pois é. Sempre fomos apanhar azeitonas no sábado 2 de Dezembro. Antes do almoço. Participaram os mais corajosos, claro. Eu, claro, que andei desde Setembro a planear este trabalhinho, meu irmão, minha cunhada e Pitu. Marido limitou-se a tirar fotos, para a posteridade. A senhora minha Mãe achou a aventura perigosíssima... muitas pessoas já têm caído porque os troncos das oliveiras se esgalham ... E esticámo-nos bem, para as apanharmos à mão, tentando não partir galhos, como se estivessemos a apanhar cerejas =) Foi muito divertido e penso que a Pitu gostou. Ai as nossas mãos! Negrinhas! À tarde, convidei-a para comigo retalhar as azeitonas, com ajuda de uma faquinha que já tinha escolhido para a tarefa, de modo a que ela não tivesse dificuldade e gostasse da sua 1ª vez. Contará este episódio para os capítulos da história da vida dela? Não é para qualquer um, isto de retalhar azeitonas. E passámos perto de duas horas a fazê-lo. Depois foi só seguir a receita. E lá ficaram, mergulhadas até hoje, que as provei. Estão aprovadas. Temos azeitonas para a mesa do Natal. Talvez as tempere com alho picadinho, louro e um fiozinho de azeite. Depois direi.
Sem comentários:
Enviar um comentário