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Sentada, olhei para cima. Para o alto, como quem quer ver o Céu mais de perto. E avistei uma forma rochosa. Há muitos anos que ela se encontra gravada no lado das coisas boas do meu cérebro. São os Penedos de Góis. Olho fixamente para eles e sinto a eternidade. Penso no porquê da sensação de eternidade. Estes Penedos sempre estiveram aqui. Os nativos olharam para eles, os meus antepassados, meus avós, meus pais olharam para eles. Eu olho-os há 50 anos. A geração a seguir à minha e as que se seguirão, vão olhar também. Estes Penedos foram olhados por milhões de olhos: verdes, azuis, negros, castanhos, cor de mel... E nunca se importaram com isso. Continuarão impassíveis, imóveis, cheios de dignidade. Eles conhecem a permanência de todas as circunstâncias. Continuam lá, firmes, imponentes, alheios. Eles sabem que tudo o que surge desaparece! Firmados na Serra da Lousã, simplesmente acolhem o tempo, as suas mazelas, os seus excrementos. Nada os incomoda. Nada abala a sua eternidade. Neste ponto, há quantos anos construí uma casa imaginária! Do sonho, fiz realidade. Com ajuda e sentada, olhei para cima. Para o alto, como quem quer ver o Céu mais de perto. E avistei uma forma rochosa. Há muitos anos que ela se encontra gravada no lado das coisas boas, no meu cérebro. São os Penedos de Góis. Na Serra da Lousã. Olho fixamente para eles e sinto a eternidade. Penso no porquê da sensação de eternidade. Estes Penedos sempre estiveram aqui. Os nativos olharam para eles, os meus antepassados, meus avós, meus pais olharam para eles. Eu olho-os há 50 anos. A geração a seguir à minha e as que se seguirão, vão olhar também. Estes Penedos foram olhados por milhões de olhos: verdes, azuis, negros, castanhos, cor de mel... E nunca se importaram com isso. Continuarão impassíveis, imóveis, cheios de dignidade. Eles conhecem a permanência de todas as circunstâncias. Continuam lá, firmes, imponentes, alheios. Eles sabem que tudo o que surge desaparece! Firmados na Serra da Lousã, simplesmente acolhem o tempo, as suas mazelas, os seus excrementos. Nada os incomoda. Nada abala a sua eternidade. Neste ponto, vou continuar a olhar a sua imutabilidade. Aqui, sinto quem sou. Da raça humana, logo, perecível, não-alheada, interventiva e solidária! Ao fim e ao cabo, não sou nenhum calhau!
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